Dispositivos IOT já são mais de 7 bilhões - Isso pode não ser bom sinal!
- Fujiwara
- 23 de abr. de 2019
- 2 min de leitura
A Internet das coisas (IOT) veio para ficar. Quem não quer chegar em casa num dia quente e chegar com o ar condicionado ligado? Para isso você pode deixar seu aparelho ligado o dia todo e sentir a conta de luz subir, ou ter um aparelho conectado que possa ser acionado pelo seu dispositivo (celular, computador, tablet).
Existem diversos tipos de dispositivos conectados, desde lâmpadas que obedecem às programações (para fingir que tem gente em casa, por exemplo), motores de piscina que ligam mais vezes no verão, televisores com acesso a conteúdo que obedecem a comandos de voz (e ouvem suas conversas), alimentadores de peixes que... bom... não sei por quê, mas até alimentadores de peixes podem ser encontrados na forma de dispositivos conectados à Internet. Até mesmo RubGrub (NSFW - don't Google it), um dispositivo dentre àqueles de entretenimento adulto conectado à Internet que chama pizza depois do gran finale (sério!). Nunca subestime a regra 34 da Internet. Muitos usuários se interessam pela tecnologia, sem pensarem se ela vai solucionar seus problemas ou melhorar algum aspecto da sua vida. Somos movidos pelos impulsos. Em muitos casos, impulsos primitivos.

Em 2018 eram mais de 7 bilhões de dispositivos, e até 2020 serão 21,5 bilhões. Dada a popularidade, que têm alcançado, os dispositivos IOT (em grande medida por conta dos seus preços baixos), eles também estão se tornando alvos de vírus (ransomware, spyware, adware, trojan horses, keyloggers, rootkits, bootkits, malicious Browser Helper Object, entre outros).
Mas por que só agora que esses dispositivos se tornaram alvos? O principal alvo de vírus é a sua plataforma Windows por sua popularidade, com 85% da fatia de computadores domésticos (divagando, imagino que por isso a plataforma Linux com seus 2,1% seja tão pouco visada). A medida que temos mais plataformas ganhando mercado, essas se tornam alvos mais frequentes dos invasores. Até ferramentas de código aberto (por exemplo o µtorrent) mineram (ou mineraram) bitcoins para outras pessoas sem que você saiba e usando sua eletricidade. Ah sim... A cada vez que você acessou The Pirate Bay, você contribuiu para mineração de bitcoins também, mas quem acessa esse site não pode nem reclamar, não é?
Assim, uma nova variante da praga (botnet) Mirai conseguiu enter 2016 e 2018 derrubar grandes redes como Amazon, PSN, Twitter, vários bancos brasileiros, entre outros por meio de ataques DDoS* (Ataque de Negação de Serviços – principalmente por excesso de acessos) com mais de 3 bilhões de dispositivos zumbis. Só precisa de algum nível de acesso à Internet.
Como funciona um ataque DDoS para leigos (Solta o play!)
Assim como essas grandes redes sucumbiram (ainda que temporariamente) aos ataques, nós da TI precisamos sempre manter nossas ferramentas atualizadas e redes sempre preparadas, profissionais treinados e de prontidão para não deixarmos que ataques como esse afetem nossas operações.
Obs. Os relatórios finais dos ataques de 2016-2017-2018 foram divulgados no início de abril/19.
* Ataque DDoS derruba defesas por excesso de acessos simultâneos, sobrecarregando vários dispositivos das defesas dos servidores.
Fontes:
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